Os nervos crescem à medida que se aproxima aquela apresentação oral de inglês. Até dominas os básicos, sabes conjugar o «to be» e os fins de semana a ver a Premier League deixaram-te com um campo lexical satisfatório, o pior são mesmo os nervos. Ficas de frente para o teu público, quer seja na escola ou no trabalho, e não te sai, literalmente, nada. Zero. Aquele buraco no estômago e os suores dos nervos toldam o teu raciocínio, deixando-te incapaz de dizer aquilo que tinhas preparado.
O que fazer então nestas situações? A solução pode muito bem ser uma coisa que tu deves gostar, como por exemplo, um copo de cerveja. Parece estranho, mas dois a três copos de cerveja– ou dois de vinho – tornam-te mais capaz de te expressar numa segunda língua. Foi essa a conclusão de um estudo publicado na Journal of Psychopharmacology, resultado da parceria entre as universidades de Maastricht, Cambridge, Londres, Liverpool e Friburgo.
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Os investigadores reuniram 50 pessoas que falavam fluentemente alemão e que tinham aprendido recentemente a falar holandês. Metade do grupo recebeu uma dose baixa de álcool e outros uma bebida sem teor alcoólico, e foi-lhes pedido que conversassem em holandês durante uns minutos. Avaliados por desconhecidos, os sujeitos que tinham álcool no sangue tiveram uma melhor prestação, principalmente no que à pronúncia diz respeito.
Álcool ajuda, mas bebido com moderação
Naturalmente, o excesso de álcool no organismo prejudica as nossas funções cognitivas. Mas as pessoas que participaram neste estudo consumiram doses baixas de álcool. Então, como conseguiram expressar-se melhor numa outra língua? É simples: o álcool inibiu-as, conseguiram controlar melhor os nervos, diminuindo aquele efeito de «pressão social».